A nitretação por plasma pulsado é utilizada industrialmente
para endurecer superfícies metálicas, com a vantagem de evitar danos pela formação de arcos elétricos, já que o plasma se desliga ciclicamente antes que haja tempo para o acúmulo crítico de cargas elétricas em um determinado ponto dos eletrodos. No presente trabalho, nitretou-se por plasma um aço do tipo SAE 1011, em corrente contínua e pulsada, com freqüências de 2 e 9 kHz e ciclo de trabalho de 40 e 80%,
mantendo-se as demais condições fixas. Avaliou-se a influência que as características do pulso causam na microestrutura da camada nitretada, através de medidas de microdureza, profundidade de camadas, difração de raios-X e observação em microscopia eletrônica de varredura e ótica. Não foram percebidas variações microestruturais relacionadas às características do pulso de plasma. Provavelmente, nos curtos tempos em que o plasma permaneceu desligado (no máximo 300 ms), as espécies do plasma responsáveis pela nitretação permaneceram ativas e o mecanismo efetivo de nitretação permaneceu o mesmo. Conclui-se que o aço do tipo SAE 1011 não mostrou sensibilidade às características do pulso de plasma, dispensando maior rigor no controle do pulso durante a operação em equipamentos industriais de alta freqüência.