IMPLANTAÇÃO IÔNICA POR IMERSÃO EM PLASMA APLICADA AO TRATAMENTO DA POLIAMIDA

Autores

  • E. C. Rangel
  • W. C. A. Bento
  • R. C. C. Rangel
  • N. C. Cruz

DOI:

https://doi.org/10.17563/rbav.v26i4.244

Resumo

Neste trabalho, utilizou-se o processo de Implantação Iônica por Imersão em Plasma, IIIP, para o tratamento da poliamida comercial, o Nylon. Investigou-se o efeito da massa da espécie química implantada e do tempo de exposição à IIIP nas propriedades do polímero. Plasmas de hélio, nitrogênio ou argônio foram empregados para tal, variando-se o tempo de imersão entre 0 e 10.800 s. As descargas foram estabelecidas pela aplicação de radiofreqüência (13,56 MHz, 70 W) ao gás, mantido a uma pressão de 0,53 Pa. Para promover o bombardeamento iônico, pulsos negativos do tipo dente de serra (25 kV, 60 Hz) foram aplicados ao porta-amostras. A molhabilidade do material foi determinada através de medidas de ângulo de contato, ?. A estabilidade das alterações induzidas foi avaliada através do comportamento de ? com o tempo de envelhecimento após o tratamento. O parâmetro de resistência plástica foi calculado a partir de dados obtidos em testes de nanoindentação enquanto a resistência à oxidação foi determinada através de experimentos de corrosão em plasmas de oxigênio. Resultados revelam que a molhabilidade do Nylon é fortemente aumentada após os tratamentos. As modificações com os menores tempos de exposição foram mais efetivas para os plasmas de argônio e nitrogênio. Constatou-se também que, com o envelhecimento, ? tende a aumentar. Com isto, algumas superfícies tornaram-se mais hidrofílicas e outras mais hidrofóbicas que a do Nylon não tratado. A resistência à oxidação e o parâmetro de resistência plástica cresceram, demonstrando o efeito benéfico do bombardeamento iônico. Os resultados revelam a formação de uma estrutura mais coesa devido ao aumento no grau de entrelaçamento das cadeias poliméricas.

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Publicado

2008-05-21

Edição

Seção

Artigos