Ligninas extraídas do bagaço da cana-de-açúcar via processo organossolve modificado, utilizando mistura solvente etanol/água associado com CO2 supercrítico, foram empregadas na fabricação de filmes ultrafinos (nanométricos) utilizando-se a técnica de evaporação térmica a vácuo. O crescimento dos filmes foi monitorado por balança de cristal de quartzo (in-situ) e pela técnica de espectroscopia de absorção no ultravioleta e visível (UV-VIS) (ex-situ). Na fabricação de filmes evaporados termicamente a vácuo faz-se necessário conhecer previamente o processo de degradação térmica do material a ser estudado. Dessa forma, a integridade química das ligninas foi verificada por termo-gravimetria (TG/DTG) e espectroscopia de absorção no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Complementarmente, a morfologia dos filmes de lignina foi observada em escala micrométrica via microscopia óptica. Finalmente, resultados preliminares de absorção no UV-VIS dos filmes de lignina expostos aos vapores de anilina, fenol, tolueno, clorofórmio, amônia e formaldeído sugerem que os filmes evaporados destas ligninas têm potencial para aplicação como sensor óptico de vapores de solventes.