Ametistas brasileiras foram caracterizadas através da técnica de Correntes de Despolarização Termicamente Estimuladas (CDTE) para estudar o comportamento de defeitos de origem dipolar e a natureza da agregação dos dipolos. As medidas de CDTE foram realizadas em um sistema onde a amostra é previamente mantida em alto-vácuo (10-7 mbar) por 24 horas. Os espectros de CDTE obtidos mostram duas bandas: em 235 e 275 K. A intensidade dessas bandas aumenta linearmente com a tensão de polarização, comportamento típico de defeitos de origem dipolar. Estudos de relaxação dielétrica em quartzo atribuíram as bandas observadas a pares de Fe3+ substitucional - H+ intersticial em duas configurações distintas. Os tratamentos térmicos observados entre 673 e 873 K reduzem drasticamente as duas bandas observadas.